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Artefatos maranhenses faziam parte do acervo destruído no incêndio do Museu Nacional, no Rio

Fonte: G1



Artefatos maranhenses como cerâmicas, fósseis, plumagens e estatuetas também foram perdidos no incêndio do Museu Nacional, no Rio de Janeiro. A maior parte do acervo foi totalmente destruída. Alguns objetos com 2000 anos de idade eram os 'Pintados', que foram encontrados na baixada maranhense. Os primeiros achados foram enviados ao Museu Nacional na década de 20 pelo naturalista Raimundo lopes. Ele nasceu em Viana, era geógrafo e trabalhou na instituição.

“Desse material que o Raimundo Lopes levou eram, aproximadamente, milhares de peças de cerâmica, machados e ossos humanos que foram coletados nos sambaquis. Nós não sabemos, no total, quantos objetos eram porque muitos desses objetos não eram estudados ainda. Estavam apenas depositados na reserva técnica. Então a perda é muito maior do que nós supomos”, afirmou o coordenador do Laboratório de Arqueologia da Universidade Federal do Maranhão, Alexandre Navarro.


Também foram perdidos dois Muiraquitãs. São artefatos em forma de sapo feito com uma pedra rara, usualmente jade, que remetiam à fertilidade, eram sinônimo de poder e usados por líderes de aldeias que viveram na região amazônica do ano 1.000 até a chegada dos europeus.


De acordo com o pesquisador e arqueólogo Deusdedith Carneiro, que foi estagiário do Museu Nacional, a perda para a ciência, a cultura e a história do país também inclui documentos importantes, como expedições chefiadas pelo poeta maranhense Gonçalves Dias.


“Existia a expedição das borboletas e também uma que foi até o Amazonas, onde foi coletada uma expressiva coleção de artefatos e de anotações sobre os grupos indígenas de lá”, contou o arqueólogo.


Fósseis da região centro-leste do Maranhão e de Alcântara também faziam parte do acervo do museu, que foi criado por Dom João VI em 1818 e completou 200 anos em junho deste ano.


O Museu Nacional é a instituição científica mais antiga do país, tinha 200 anos e um acervo de mais de 20 milhões de itens. Entre eles, estava o crânio de Luzia, o fóssil mais antigo das Américas e tesouro arqueológico nacional, e o maior meteorito já achado no país. O local foi residência da família real e sede da 1ª Assembleia Constituinte do Brasil.



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